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NÃO É O PLANETA QUE ESTÁ EM PERIGO, MAS SIM A HUMANIDADE
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NÃO É O PLANETA QUE ESTÁ EM PERIGO, MAS SIM A HUMANIDADE
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Especialistas discutem os efeitos das mudanças climáticas na saúde humana, acentuados pela pandemia do Covid-19
Especialistas discutem os efeitos das mudanças climáticas na saúde humana, acentuados pela pandemia do Covid-19
DIÁLOGO 13
RECUPERAÇÃO ECONÔMICA | América Latina
Apresentações
Parcerias
DIÁLOGOS reuniu autoridades e especialistas que veem saídas para a crise gerada pela pandemia do COVID19 a partir de planos que considerem também o clima.
A Embaixada da Alemanha e o Instituto Clima e Sociedade (ICS), com o apoio do C40, Instituto Alziras e Fundación Avina, promoveram nesta segunda-feira, 10 de agosto mais uma edição da série Diálogos Futuro Sustentável - Mudanças Climáticas e Recuperação Econômica. O evento reuniu Lucía Sosa, prefeita de Esmeraldas (Equador); Carolina Leitao, prefeita de Peñalolén (Chile); Teresa Surita, prefeita de Boa Vista (Roraima), e Ilan Cuperstein, diretor adjunto para a América Latina do C40 (Grupo C40 de Grandes Cidades para Liderança do Clima).
“Temos que mudar a ‘rota do nosso desenvolvimento’, ou seja, repensar os pilares nos quais a economia dos países latino americanos é baseada”
Ilan Cuperstein
Diretor Adjunto para a América Latina, C40
No painel internacional, a discussão girou em torno dos desafios que as cidades enfrentam na área ambiental e nas propostas para a recuperação econômica verde pós-pandemia que não deixem de lado a mobilidade urbana e a funcionalidade para os cidadãos.
Ilan explicou que o investimento na mobilidade urbana é essencial. Segundo dados apresentados no novo relatório do C40, a emissão do CO2 teve uma queda durante a pandemia, a maior desde a Segunda Guerra Mundial. “Mas esse número não pode ser comemorado, afinal, isso se deu apenas pela queda econômica das cidades e dos países. Ou seja, agora precisamos entender como voltar ao desenvolvimento econômico sem causar novos danos ao meio ambiente.” E acrescenta, “É importante garantir apoio dos governos nacionais e regionais, além de trabalharmos em conjunto com instituições internacionais para que as cidades e as prefeituras tenham verba para os projetos propostos na agenda de recuperação econômica verde.”
“Aqui estamos mudando o pensamento da cidade, trabalhando com a questão da tecnologia, levando para as escolas a inovação. A tecnologia é essencial para nos conectarmos com o mundo e com o próprio Brasil”,
Teresa Surita
Prefeita de Boa Vista, Roraima
Surita apresentou alguns resultados da priorização da mobilidade no planejamento urbano “Todas as regiões estão interligadas. Com isso, mudamos a qualidade de vida, a cultura local e da cidade. Tivemos uma redução de 33% no número de acidentes no trânsito envolvendo ciclistas. Junto com a ciclovia, fizemos 350 km de calçada com urbanização, com árvores e locais verdes”, acrescenta a prefeita. Segundo ela, foram implantados 40 km de ciclovia, tornando Boa Vista a sexta capital do país com mais ciclovias por habitante.
Já a prefeita Carolina Leitao, de Peñalolén, no Chile, apresentou propostas baseadas em educação para uma recuperação econômica e sustentável.
“Incentivar serviços locais, agilizar as patentes nacionais, impulsionar o empreendedorismo e estimular os negócios verdes são pontos importantes na economia para gerar uma riqueza local. Com isso, estamos com planos de formação, cursos, especializações e alfabetização digital para criarmos uma nova onda de empregos já dentro desse novo momento.”
O exemplo de Esmeraldas, no Equador, veio das ações para incentivar o comércio local e criar uma cidade inteligente.
“Aqui em Esmeraldas estávamos construindo planos de economia verde e em meio a toda essa pandemia tivemos que nos reestruturar. Somos uma província turística e sofremos muito com tudo. Então, passamos a olhar para o que tínhamos de força interna”, disse a prefeita Lucía Sosa. “Decidimos elaborar um plano de mudanças climáticas que está sendo implementado na nossa agenda verde, sem deixar de lado a mobilidade e a funcionalidade da cidade inteligente, que é o que queremos para a população.”
Carolina Leitão
Prefeita de Peñalolén, Chile
O evento promoveu uma reflexão comparativa entre as iniciativas que estão sendo adotadas nas cidades da América Latina e no Brasil, na tentativa de garantir coerência entre os pacotes de recuperação e o cumprimento das metas climáticas.
"É extremamente relevante que os países na América Latina se comprometam com pacotes de recuperação que levem a agenda climática em consideração, mas é no nível local que se impõem muitos dos desafios de implementação na prática. Por isso, é essencial que prefeitos e prefeitas participem destas discussões de maneira efetiva para que possam influenciar nos planos, propondo soluções possíveis de serem executadas e apresentando saídas que efetivamente melhorem a qualidade de vida da população na ponta"
Ana Toni
Diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade.
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EXPERIÊNCIAS DE CIDADES DA AMÉRICA LATINA PARA UMA RECUPERAÇÃO ECONÔMICA VERDE VIRAM CASE
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Lucía Sosa
Prefeita de Esmeraldas, Equador
O seminário foi pautado em casos de boas práticas em políticas sustentáveis, como o da cidade de Boa Vista, em Roraima, que atualmente conta com 40km de ciclovia, além da implementação de energia solar em pontos estratégicos da cidade.
REALIZAÇÃO
Embaixada da República Federal da
Alemanha em Brasília
SES - Avenida das Nações, Qd. 807, lote 25
Brasília, DF, Brasil - CEP 70.415-900
Tel +55 (61) 3442-7000
Diálogos Futuro Sustentável é uma parceria do Instituto Clima e Sociedade - iCS e Embaixada da República Federal da Alemanha em Brasília.
ORGANIZAÇÃO
Colab206
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