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NÃO É O PLANETA QUE ESTÁ EM PERIGO, MAS SIM A HUMANIDADE
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Especialistas discutem os efeitos das mudanças climáticas na saúde humana, acentuados pela pandemia do Covid-19
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MOBILIDADE E TRANSPORTE ATIVO


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PARCERIA
DIÁLOGO 2
DESCARBONIZAÇÃO DO TRANSPORTE
Representantes da Alemanha, Brasil, Chile e Portugal se reuniram em Brasília, no dia 6 de dezembro de 2017, para discutir o tema da descarbonização do transporte, em mais um encontro da série Diálogos Futuro Sustentável, parceria entre o iCS e a Embaixada da Alemanha. O evento contou com a parceria do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA).
A CONTRIBUIÇÃO DO BRASIL
CAMINHOS PARA A DESCARBONIZAÇÃO
Houve consenso de que a evolução para o transporte de baixo carbono deve ser regionalizada, contar com ampla participação da sociedade e envolver diferentes setores da economia:
PESQUISA, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO
Racionalidade em mobilidade urbana e logística, eficiência tecnológica e novos combustíveis.
CIDADES E MOBILIDADE
Nova concepção de cidades com prioridade para os pedestres, o transporte ativo, o transporte coletivo e a integração entre modais.
TRANSPORTE DE CARGA
Investimento em terminais intermodais e logística para equilibrar a matriz modal do transporte de carga.
ENERGIA
Integração entre os setores de transporte e energia na busca por soluções de baixo carbono, compatíveis com matrizes energéticas regionais.
MODELOS ECONÔMICOS
Foram discutidos os aspectos econômicos da descarbonização dos transportes em países como o Brasil, onde a exploração e a tributação de combustíveis fósseis ainda têm um peso importante. Também foram debatidos incentivos tributários para transporte e energia de baixo carbono e os possíveis efeitos da precificação do carbono na economia.
Carolina Tohá
ALTERNATIVAS ENERGÉTICAS
O Brasil tem uma matriz energética limpa e uma tradição de investimentos em biocombustíveis. Há grande potencial para o crescimento das fontes solar e eólica, o que requer políticas públicas e soluções tecnológicas para desafios como o armazenamento que garanta momentos de escassez.
Representado por Plinio Nastari da DATAGRO, o setor de biocombustíveis brasileiro apresentou o RenovaBio, desenvolvido pelo Ministério de Minas e Energia e já aprovado pelo Congresso Nacional, que é um dos componentes de uma política global de desenvolvimento para o setor de bioenergia moderna.
O grande consenso do encontro foi em torno da urgência de novas concepções de planejamento urbano e mobilidade. É preciso fazer a transição para um modelo que reduza a necessidade de veículos motorizados e estimule o transporte ativo integrado ao sistema de transporte coletivo.
HolgerDalkmann
Consultor Senior, Agora Transportes
“O transporte necessita da descarbonização para aumentar a mobilidade”
INICIATIVAS DE DESCARBONIZAÇÃO
O foco de Portugal, Segundo José Gomes Mendes, Secretário de Estado Adjunto e do Ambiente e membro da Aliança para a Descarbonização do Transporte, está em soluções integradas de longo prazo, combinadas com medidas de curto prazo em todos os setores relacionados com a neutralidade de carbono. O país integra a Aliança Global para a Descarbonização do Transporte, firmada em Bonn, Alemanha, durante a CoP23.
Já no Chile, o Plano de Mobilidade de Santiago, desenhado e implantado durante a prefeitura de Carolina Tohá, e que teve continuidade na nova gestão, priorizou o transporte público, os pedestres e a eliminação dos carros nas principais vias, com resultados positivos para a mobilidade e a qualidade de vida na cidade.
TRANSPORTE DE CARGA
Juan Pablo Pizano, da Empresa de Planejamento e Logística, considera fundamental caracterizar a demanda por transporte de carga, o que está sendo feito em parceria com institutos como o IPEA e o IBGE, para determinar como essas mercadorias estão escoando. Estes estudos permitirão determinar as prioridades do setor para a descarbonização.
Leandro Siqueira, representante da indústria automobilística, apresentou projetos para o setor de carga, como a criação de uma plataforma de gerenciamento de frotas para otimização do tráfego e redução de emissões.
Na palestra de encerramento, Emair Ebeling, Diretor do Departamento de Política e Planejamento Integrado do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil, enfatizou como principais condicionantes para a descarbonização do transporte a mudança cultural, a integração política e a mudança da matriz energética, com respeito à vida e responsabilidade socio ambiental.
No Brasil, o setor de transporte é responsável por cerca de 48% das emissões de gases de efeito estufa (GEE), contra cerca de 30% na média mundial, segundo dados apresentados pelo IEMA. Isso faz do transporte um setor prioritário para as metas de redução das emissões de GEE no país. A meta da Contribuição Nacionalmente Determinada brasileira (NDC, na sigla em inglês) é de 43% até 2030, bastante ambiciosa para um país em desenvolvimento.
Carolina Tohá
Ex-Prefeita de Santiago, Chile, e Co-Presidente do Grupo de Alto Nível em Transportes Sustentáveis da Secretaria Geral das Nações Unidas
PODEMOS SUBSTITUIR O SONHO DA LIBERDADE DE DIRIGIR UM BELO AUTOMÓVEL PELO SONHO DA MULTIMODALIDADE, DE UMA MOBILIDADE MAIS AMÁVEL E DE UM MAIOR CONTATO COM O ENTORNO.
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O símbolo máximo da descarbonização dos transportes são os pés e a bicicleta. A tecnologia deveria contribuir para reduzir esse déficit de transporte público e ativo com soluções simples, baratas e democráticas para as cidades.”
Aline Cavalcante
Cicloativista e Coordenadora da Coalizão Clima e Mobilidade Ativa






Fotos: Hugo André Mesquita Gonçalves
REALIZAÇÃO
Embaixada da República Federal da
Alemanha em Brasília
SES - Avenida das Nações, Qd. 807, lote 25
Brasília, DF, Brasil - CEP 70.415-900
Tel +55 (61) 3442-7000
Diálogos Futuro Sustentável é uma parceria do Instituto Clima e Sociedade - iCS e Embaixada da República Federal da Alemanha em Brasília.